Com a pandemia de Covid-19, os agentes de combate a endemias de Contagem têm enfrentado algumas dificuldades para fazer as visitas domiciliares. No primeiro semestre deste ano, mais de 23 mil imóveis deixaram de receber a visita destes servidores que auxiliam na prevenção e eliminação dos focos do mosquito transmissor das arboviroses (dengue, zica e chikungunya), pois estavam fechados ou se recusaram. O trabalho dos agentes é fundamental para tentar controlar proliferação do Aedes aegypti, já que 80% dos focos estão dentro dos limites das casas.
O combate às arboviroses tem sido feito regularmente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que se mantém em alerta, mesmo com os esforços voltados para o combate ao novo coronavírus. Para evitar uma futura epidemia, especialmente de dengue, é preciso manter os cuidados e fazer a prevenção. Mesmo diante do cenário da pandemia de Covid-19, é importante que a população permita a entrada dos agentes na área externa da casa seguindo os protocolos de segurança.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, José Renato Costa, apesar deste ano ser considerado interepidêmico, as ações de prevenção são fundamentais para manter o status de vigilância e evitar uma possível epidemia nos próximos anos. “É importante que as pessoas, mesmo com os cuidados inerentes a Covid-19 em que evitam o trânsito de pessoas pelas casas, possam no mínimo autorizar para que os agentes possam entrar pelo menos na parte externa da casa para fazer essa vigilância e a eliminação dos reservatórios que são mais comuns como nos inservíveis que acumulam água nos quintais”, disse.
Prevenção às aborviroses
Além das visitas domiciliares, a Secretaria Municipal de Saúde continua a monitorar o município por meio das 512 armadilhas "ovitrampas" espalhadas pelas oito regionais durante todo o ano. Elas indicam os prováveis focos duradouros dos mosquitos, facilitando o controle e a eliminação.
Os depósitos mais são encontradas larvas do Aedes aegypti são recipientes plásticos, garrafas PETs, latas, sucatas, entulho de construção, vasos de planta, garrafas retornáveis, recipiente de degelo de geladeiras, entre outros. Estes inservíveis precisam ser eliminados para não acumular água. Quando não puderem ser descartados, devem ser devidamente vedados ou tratados.